A cada fio de cabelo, um universo,
A cada centímetro deles uma estrela,
E assim brilhando pude percebê-la
Iluminada, me inspirando versos.
Vi o teu sorriso, fronteira de uma vida
Surgir (de um sonho) como um sol de inverno
E uma voz macia sair num tom terno
Hipnotizando a minh'alma envaidecida.
És calmaria da brisa ao entardecer,
És o que eu quero sem ao menos saber
A única razão de meu porquê.
És milagre que me exorta,
És você! pintura de minha mente,
Real, na minha frente, nada mais importa.
Alex Mendes
Entre las tonterías de la charla sin sentido, hoy te recordé.
Pensé en ti y me dolió el pecho.
Extraño tu voz, casi la puedo oír.
Quisiera verte y decirte cuanto te quiero, cuanto te extraño.
Me haces falta mi Bito adorado.
Si pudiera volver el tiempo atrás... con gusto lo haría para darte un beso más.
A Boemia é um demônio de cordas,
Uma garrafa vazia de cachaça na mão,
Amores perdidos, esquecidos, sofridos;
É água da chuva caindo no chão.
A boemia é uma casa vazia e sem teto,
Espelho tão velho que não reflete nada.
São pés descalços na areia da orla,
Pegadas e guimbas por sobre a calçada.
São versos sentidos de tão solitários,
Rostos inchados molhados de lágrimas
É o pobre sem terra sem nada na vida,
É a puta fodida num motel de estrada.
É estar sozinho na mesa de um bar,
Como um pierrô fantasma a beber
No preto e branco dos filmes antigos,
Ser músicas perdidas do lado B.
É tocar violão embriagado,
Como se fosse o último dia
Esquecer das ressacas passadas
Em mais uma noite vadia.
A Boemia é o bêbado desmaiado.
Morto por dentro, corroído por fora
Um incompreendido, um pobre coitado,
Que não deixa saudade quando vai embora.
Boemia é isso, perder as palavras,
Na sobriedade não ver a própria sombra
Sentir o corpo e espírito enfraquecidos,
Na realidade que o assombra.
Mas a maior dor do Boêmio,
É cantar, falar, escrever,
Palavras de uma vida inteira,
Sem ninguém pra escutar, ler ou entender.
Obrigada por suas letras, querido Alex, é um honra ter você aqui.